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Reciclar é muito simples

Catador da Nova Era

Marcelo de Jesus Macario gosta de música, skate e matemática. Tinha 15 anos quando começou a catar papel. Órfão de mãe, o pai no interior de São Paulo, Marcelo cresceu na casa das tias e chegou a morar (e adoecer) nas ruas da capital, por oito meses. A entrada na Cooperativa dos Catadores de Papel (Coopamare) mudou sua vida. Depois de "puxar o carroção" por três anos, foi eleito o novo "balanceiro" da cooperativa: pesa todo o lixo reciclável e diz que, com o trabalho, "ganhou um futuro".
             Quando entendeu o que o lixo tem a ver com a vida de todo mundo, Marcelo passou a explicar: "Participo das palestras nas escolas e às vezes viajo, contando s como é nosso trabalho aqui". Seu sonho é ser técnico da Coopamare, ajudar a implantar novas cooperativas e acabar com o preconceito contra os catadores. "Os próprios carroceiros têm vergonha do trabalho, e há também o problema do alcoolismo, muitos são moradores de rua." Com 18 anos, carteira assinada e salário de R$ 300, Marcelo alugou uma casa para morar com um amigo e ajuda a tia a criar os três irmãos menores. Este ano, ele começou um curso de computação (através de um convênio da Coopamare) e colocou brincos. No ano que vem, cata mais um sonho e volta de vez para a escola.

Reciclagem dá lucro
                A reciclagem do lixo ensina as pessoas a refletirem sobre o valor daquilo que jogam fora e proporciona ganhos econômicos e sociais", diz André Vilhena, diretor-executivo do Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE). Essa entidade, formada por empresas de diversos setores, como embalagens, carros e papel, visa promover o correto gerenciamento do lixo, o que inclui diminuir a quantidade de resíduos, estimular a coleta seletiva e a reciclagem.

              O site do Cempre traz informações gerais sobre reciclagem e o cadastro de mais de 500 cooperativas, sucateiros e recicladores em todo o país, localizáveis por material (alumínio, papel, pneu...) e Estado. As empresas hoje começam a se mobilizar para o problema do lixo, interessadas em obter o ISO 14.001, certificado internacional dado às empresas que atuam de acordo com as normas ambientais. Hoje 130 empresas brasileiras têm esse certificado, mas estima-se que até o ano que vem esse número chegue a 500. Sem ele é difícil competir no exterior, onde os consumidores exigem responsabilidade ambiental dos empresários. www.cempre.org.br


Coleta sem segredo
            Quem não quer esperar pelas decisões dos governos municipais, estaduais e federal pode começar a se organizar para limpar agora o seu lixo. É possível montar um programa de coleta seletiva em condomínios, escolas, empresas. A estrutura é composta de três fases: coleta, estocagem e venda (ou doação):
 • mobilizar o maior número possível de participantes

• definir os tipos de materiais recicláveis a serem coletados e espalhar contêineres apropriados para cada material. As cores normalmente utilizadas são: azul para papel e papelão; vermelho para plásticos; amarelo para metais e verde para vidros

• estabelecer um local de estocagem
• definir como será feita a venda/ doação do que foi coletado


Fonte: http://marieclaire.globo.com/edic/ed105/rep_faxina3.htm


Um comentário:

  1. Como é possível ver não é tão complicado reciclar, reaproveitar tudo aquilo que utilizamos no nosso dia-a-dia. E o melhor de tudo é que se começarmos a pensar de forma sustentavél e compreendermos a importancia desse processo é possivel se ter lucro. Não só financeiramente, mas também no beneficio que traz pro ambiente, pra sociedade e pra todo o planeta.

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